Tanto no mercado Chinês como no mercado Europeu, mostrando que o último anúncio de aumento de preços, pelas produtoras, não encontra resistência para ser implementado. Nas últimas semanas, com o fim das férias de verão no hemisfério norte, houve aumento na demanda levando a elevação dos preços.
Com isso, na última semana o preço da celulose fibra curta teve aumento de 1,6% na Europa, acumulando nos últimos 12 meses uma alta de 37,3%. Já na China, onde os preços subiram consistentemente durante todo o verão do hemisfério norte, o preço da fibra curta na última semana tiveram um aumento de apenas 0,1%. Nos últimos 12 meses o preço da fibra curta vendida na China acumula alta de 43,6%.
Para as empresas brasileiras, produtoras de celulose fibra curta, é importante verificar a variação do dólar no período, uma vez que as vendas são feitas em moeda americana. Na última semana, o real apresentou variação de 0,97% em relação ao dólar e no ano, uma valorização de 0,48%.
As ações da Fibria e da Suzano, que são principalmente produtoras de celulose fibra curta, tiveram um desempenho de acordo e até melhor do que se esperaria em função da elevação dos preços. A FIBR3 apresenta nos últimos 12 meses alta de 106%, e a SUZB5 de 95%. Vale lembrar, que a maior parte dos custos destas empresas são em reais, o que significa que qualquer alta de preço leva a um aumento de margens.
Já a Klabin, mesmo com a produção da nova planta, projeto Puma (produtora de celulose), ainda é principalmente produtora de papéis para o mercado interno, que esteve desaquecido na maior parte de 2016 e 2017. Celulose representa aproximadamente 29% do faturamento consolidado da Klabin.
O consenso de mercado é de que o preço de celulose possa sofrer pressão com a entrada das novas capacidades. No Brasil, já se encontra em operação desde o final de agosto o projeto Horizonte 2 da Fibria, com capacidade total de 1,95 milhões de toneladas, que será atingido em 2019.
Além disso, em 2018, a produção chinesa da APP, passa a colocar 1 milhão de toneladas no mercado. Porém, com a demanda aquecida e, com as novas tecnologias, que permitem o maior uso de fibra curta mesmo em papeis que necessitam resistência, faz com que não se espere quedas de preço. Portanto, a recomendação para a FIBR3, SUZB5, KLBN11 é de Compra, de acordo com o consenso de mercado.
No curto prazo, o evento que deve movimentar o preço dos papeis é o resultado do 3T17, que a Fibria divulgará no próximo dia 24/10 e a Suzano e Klabin no dia 26/10. Em seguida, as ações da SUZB5 devem negociar em função do andamento da unificação dos diversos tipos de ações, que passarão a ser apenas ordinárias, conforme aprovado em assembleia realizado no último dia 29/09.
Em seguida, notícias sobre a possível fusão com a Fibria deve ser o evento a ser acompanhado. Já em relação ao preço das ações da Klabin é importante seguir os dados econômicos, em especial os relacionados a alimentos, uma vez que uma grande parte dos seus produtos de papel é direcionada para este segmento.
Em linha com esta expectativa de melhora das vendas, a ABPO (Associação Brasileira de Papelão Ondulado) elevou sua expectativa de crescimento para o ano para 3,8% de 2,7% anteriormente, depois que os dados de vendas de papelão ondulado em setembro apresentaram crescimento de 6,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
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