Indústria papeleira rejeita substituição de eucalipto por outras espécies

Em causa está o anúncio de abertura de uma medida agroflorestal direcionada à zona piloto do Pinhal Interior.

A CELPA — Associação da Indústria Papeleira – defendeu esta segunda-feira não haver necessidade de replantar áreas de eucalipto com outras espécies e que a reflorestação deve ser feita nas áreas florestais de mato ou incultas.

“Toda a argumentação que faz uso da ideia de que não há espaço para a convivência das várias espécies é uma argumentação errada”, disse hoje à Lusa Carlos Vieira, diretor-geral da CELPA – Associação da Indústria Papeleira, defendendo não ser preciso “ir buscar áreas de eucaliptal a zonas com pouca gestão ou ditas abandonadas para plantar outras espécies”.

Em causa está o anúncio de abertura de uma medida agroflorestal direcionada à zona piloto do Pinhal Interior para que se inicie o processo de substituição de áreas de eucalipto e de pinheiro por folhosas de crescimento lento, feito pelo secretário de Estado das Florestas, Miguel Freitas.

Segundo o governante, a área florestal portuguesa tem “cerca de 100 mil hectares abandonados de eucalipto para os quais o Governo defende a reconversão quando se encontrem em áreas inadequadas em termos de produtividade.

Lembrando que “35% do território é ocupado com floresta”, o diretor-geral da CELPA afirmou que “as áreas de matos incultos e de pastagens, no conjunto, valem tanto como esta área florestal” e são “por excelência áreas que podem ser arborizadas com várias espécies”, sem necessidade de reduzir a área de eucalipto.

Tanto mais que, defendeu, “os matos incultos que estão na primeira posição das áreas ardidas, ocupam cerca de 50% da área ardida” e só depois “vem o pinheiro, com 15%, e o eucalipto, com 13%”.

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